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sábado, 24 de abril de 2010

A Hora da Verdade - parte II

2. Quem é a pessoa mais importante da sua vida ?

As respostas mais comuns à essa pergunta, quando a apresento às pessoas, são: eu, meu filho, minha esposa, etc. e tal. Todas essas respostas estão parcialmente certas. Mas esta resposta é a que suscita a maior controvérsia.

Um colega, comentando sobre esta dificuldade das pessoas entenderem esta resposta, sugeriu o seguinte ensinamento:
" Um mestre estava ouvindo seu discípulo falar que não conseguia entender determinado assunto.

Em resposta ao não entendimento o mestre pediu um chá e solicitou a seu discípulo que o servisse. Este o serviu, mas quando quis entregar a xícara ao mestre, este pediu que enchesse mais a xícara. O discípulo encheu até a borda, mas não foi suficiente, o mestre solicitou que ele continuasse enchendo. O discípulo quis argumentar mas o mestre pediu para que ele continuasse, e o chá foi descendo para o pires, e deste para o chão. E o mestre continuou pedindo para que ele tentasse encher mais a xícara.

O ensinamento é que para uma xícara receber mais conteúdo é necessário que ela não esteja cheia. Caso esteja cheia, é necessário antes esvaziá-la o suficiente para um novo conteúdo. "

Friedrich Nietzche disse, em outras palavras, o mesmo:
“ O homem não tem ouvidos para aquilo que a experiência não lhe deu acesso. ”
Portanto faça uma viagem introspectiva e verifique se sua xícara está cheia para apreender este conteúdo.

A resposta proposta a essa pergunta é: a pessoa mais importante da sua vida é quem está a sua frente!

E quem está na minha frente é meu marido ou esposa, meu filho, meu chefe, o cobrador do ônibus, a caixa do supermercado, nós próprios quando estamos sozinhos.

Frente a esta resposta as pessoas argumentam: mas eu já estou farto de fazer isto e aquilo para minha mulher, marido ou filho; já não agüento mais fazer e não ser correspondida, “e o outro ?”, mas meu chefe só me pede as coisas e nunca me reconhece, etc., etc., etc. ...

Realmente isto parece ser cansativo e realmente o é, e pior, oprime as pessoas no seu dia a dia.

E a nossa proposta está longe de buscar a opressão, muito pelo contrário, como já dissemos, estamos nos propondo a entregar "As Regras da Felicidade".

Vamos então tentar esvaziar um pouco a xícara.

Dentre as várias interpretações que podemos dar à palavra liberdade está a de sermos senhores de nossas ações. Nós fazemos aquilo que queremos e nos responsabilizamos por aquilo que fazemos.

Mas se colocamos nossas ações na dependência do que outras pessoas fazem, pensam ou dizem, seremos meros marionetes enredados nas ações, pensamentos ou dizeres dos outros. Estaremos colocando nossas vidas, o que fazemos, o que pensamos e o que falamos na dependência dos outros - nossos filhos, maridos, esposas, chefes, colegas de trabalho, etc. - fazem, pensam ou dizem. Não somos nós, somos o que eles querem ou provocam.

Há uma frase de Stephen Covey, que diz:
" Entre o estímulo e a resposta há um espaço de tempo. Nesse espaço de tempo reside a liberdade de escolher a nossa resposta. Nessas escolhas residem o nosso crescimento e a nossa felicidade. "
Com isto estou querendo dizer que no intervalo de tempo entre os estímulos que o ambiente em que nós estamos imersos e as respostas que damos a cada um desses estímulos, neste curto intervalo de tempo estamos decidindo se seremos felizes ou infelizes, se crescemos ou não, se somos livres ou marionetes, se reagimos ou se somos pró-ativos.

Vamos usar outra historinha, cujo título é “ Você age ou você reage ? ”, que me foi passada sem autor, para complementar o pensamento:
Você estava indo com seu amigo a um jornaleiro. Imagine este possível diálogo e situação, imaginários, travado entre vocês.

Você chega ao jornaleiro e diz:

- “Bom dia ! O Sr. poderia ver o meu jornal.”

O jornaleiro, taciturno, passa-lhe o jornal, recebe o dinheiro e lhe repassa o troco. Não responde ao seu cumprimento e não lhe sorri, ao contrário de você que está com um sorriso escancarado, estampado em sua face.

O seu amigo, na medida em que vocês se afastaram da banca, diz:

- “Sujeitinho mal humorado, hein !???”

- “Ele é sempre assim !!!” - você responde.

- “Mas então por que você continua cumprimentando-o ?” – pergunta seu amigo.

Você, então, responde:

- “O mau humor é dele ! Eu desejo, todo o dia, do fundo do meu coração que ele tenha um bom dia !”

Note que no intervalo de tempo entre a demonstração do mau humor do jornaleiro e a sua reação, o momento mais importante da sua vida, o momento presente, você decide se vai reclamar da vida, falar que os outros são assim mesmo, que esse mundo é isso ou aquilo. Mas nesse mesmo intervalo, o momento mais importante da sua vida, você vê o jornaleiro como seu cliente, você deseja realmente um “BOM DIA !” a ele, com exclamação e tudo, e também pode decidir que continua mantendo o sorriso, o entusiasmo, porque você acredita nos seus valores, você age segundo aquilo que você acredita, você é determinado naquilo que se propõe a fazer.

Neste caso você enxerga, diariamente, como cliente duas pessoas: o jornaleiro desejando-lhe um bom dia, todos os dias, independentemente dele ser ou estar isso ou aquilo, e você, agindo de acordo com seus valores, agindo de forma pró-ativa frente à vida, ou a alternativa que o próprio nome dessa historinha diz:

“Você age ou reage ?”

Somos senhores de nossas ações ou somos marionetes nas mãos das pessoas que nos cercam ?

E cada um de nós, agimos ou reagimos frente a vida ? Colocamos cada pessoa à nossa frente como cliente e agimos com esse enfoque ou damos a desculpa que essa pessoa está com problemas e mudamos de atitude?

Para colocar o outro como cliente, eu preciso estar decidido – resolvido? – a me colocar como primeiro cliente, e respeitar o que sou, meus princípios e valores, pois neles baseio minhas ações.

Sem dúvida antecede isso a escolha dos valores e princípios, e enquanto eles não existem fica extremamente difícil basear a vida em algo inexistente! Só com isso resolvido é que se chega à ação de ver o próximo como cliente!

Só respeito o próximo – o meu cliente – em cada hora da verdade que o dia a dia me propicia, quando eu me respeito!

Só me respeitando primeiro é que respeito ao próximo. 

Essa resposta, neste contexto, foi demorada e um pouco difícil sua elaboração também para mim. Mas aos poucos esvaziei a xícara e, humildemente, apreendi mais esta.

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Fonte
David Vieira


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